Grande público prestigia "A Paixão de Cristo" 2019 em Barretos
Mais uma vez, por mais um ano, o nome Santo do Senhor Jesus foi glorificado por meio do Espetáculo “A Paixão de Cristo”, que eu tive a graça de poder roteirizar pelo sétimo ano consecutivo. Tudo começou pelo roteiro. Que grande desafio e responsabilidade!
Promovida pela Prefeitura de Barretos, por meio da Secretaria de Cultura, essa nova fase da produção teatral, marca essa Semana Santa no município. Adiada em razão das fortes chuvas do final de semana passado, a peça enfim, pode ser encenada para um grande público que prestigiou mais de 50 atores em cena, sem contar as inúmeras pessoas que trabalharam na produção.
Confesso que fiquei apreensivo, pois a peça “competia” com procissões do Senhor Morto em paróquias da cidade, sem contar com uma encenação preparada por uma igreja protestante na cidade, nos mesmos horários em que apresentaríamos no Recinto Paulo de Lima Corrêa. Mas, surpreendentemente, o recinto ficou repleto de espectadores, tanto nas arquibancadas como na arena para poderem acompanhar de perto as encenações nos cinco palcos.
Não sei se as pessoas conseguem mensurar o prazer que nós roteiristas sentimos ao ver tudo aquilo que escrevemos, pensamos... a emoção que é para nós ver suas personagens dando vida às palavras escritas meses atrás. Nós roteiristas sentimos emoções em dobro. Primeiro, nos emocionamos ao escrever, ao imaginar o sentimento que os atores poderão transmitir ao dizerem ou estarem naquelas cenas. Depois, é a emoção de sentir a energia da ação dramática no momento da encenação junto ao público.
Depois do sucesso e dos inúmeros elogios que recebi por conta do texto de 2018, e por já ter roteirizado a mesma história em anos anteriores, eu precisava não apenas apresentar novidades para o público, mas me permitir sentir novas sensações ao roteirizar a história mais conhecida e contada em todo o mundo. Por isso, para o espetáculo deste ano, me permiti usar da imaginação para escrever cenas que não encontramos na Bíblia, mas que para mim precisavam ser externalizadas para justificar indagações que eu tinha, e ainda tenho de inúmeras passagens bíblicas. Espero ter conseguido que ao menos uma pessoa que assistiu à peça esse ano tenha captado a mensagem que procurei transmitir com o texto, com a direção das cenas, e o sentimento colocado em cada fala pelos atores: o amor incondicional que Deus Pai teve e tem por cada um de nós, criaturas feitas com tanto carinho. Ele tanto nos ama que se fez um de nós, por meio de seu Filho Jesus, neste grande mistério e complexa que é a Santíssima Trindade, e morrer para que pudéssemos ter direito a estar mais perto Dele no Paraíso. Como somos ingratos! Não sabemos ainda experimentar desse amor e muito menos compartilhá-lo com o irmão que está ao nosso lado.
É impossível nomear todos os atores, ainda mais que esse ano dei fala a tantos personagens. Mas, aos que lerem esse post, saibam que fiquei muito feliz e realizado com todos. Alguns foram muito além daquilo que escrevi. Uma pena que em diversos momentos os problemas técnicos dos microfones prejudicaram alguns momentos, algumas falas... Mas, no geral, conseguimos apresentar aquilo que o texto se propôs apresentar. Foi lindo, foi emocionante, foi digno de exaltar o nome do Senhor Jesus que merece toda a glória pelos séculos sem fim!
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por me dar o dom da arte de escrever. Sou grato ao secretário municipal de cultura, João Batista Chicalé, por me convidar e acreditar mais um ano no meu trabalho para roteirizar mais uma edição do espetáculo, bem como a Sueli Fernandes, produtora da peça que tanto trabalhou para que tudo fosse bem executado; a Reinaldo Costa e Alexandre Tarasinsky, Jesus e Satanás, que também dirigiram a peça; e sem exceção, a todos os atores e atrizes, desde os que tiveram muitas falas até aos guardas que não disseram um “A”, mas que foram de extrema importância para o andamento do teatro e plástica das cenas. “A Paixão de Cristo” é feita por muitas pessoas. O personagem de Jesus não é mais importante que o de uma mulher figurante que estava ali apenas para gritar, por exemplo, “Solte Barrabás!”. A mulher é tão importante em cena quanto Jesus ali preso.
É importante agradecer também aos profissionais da imprensa que divulgaram o nosso evento. Na pessoa da assessora de imprensa da Secretaria de Cultura, Gláucia Chiarelli, sou grato a todos que fizeram reportagens, que deram notinhas em suas colunas e postaram os releases em seus sites!
Um agradecimento também em forma de elogio à nossa figurinista Fernanda Fernandes que produziu um figurino lindíssimo a fim de agregar mais vida e veracidade à história!
Quero terminar esse textão refletindo o versículo 40 do capítulo 19 do Evangelho de Lucas. Nós poderíamos muito bem não produzir “A Paixão de Cristo”. Muitos podem pensar que não tem sentido mais ficar contanto essa bela história de amor e paixão incondicional, tendo em vista a realidade do mundo em que muitos não têm nenhuma crença, um credo, uma religião. Poderíamos não seguir fazendo o que Jesus pediu aos seus apóstolos antes de sua ascensão aos céus, que saíssemos pelo mundo fazendo muitos discípulos. Porém, mesmo se ninguém mais falasse, pregasse, divulgasse as mensagens de Cristo, tenho plena convicção de que ‘se não falássemos nada, as próprias pedras falariam’ (Cf. Lucas 19, 40).
Bendito seja Aquele que foi, é, e sempre será! Amém!
Fotos: Milton Figueiredo
Se você não pôde assistir no recinto, pode acompanhar no vídeo abaixo da TV Lombarts que transmitiu o teatro ao vivo pelo Facebook e YouTube: